domingo, 11 de dezembro de 2011

O Professor que queremos ser

Viver não vem com manual de instruções, não existe uma formula mágica que se aplique a tudo. Nossa missão hoje foi fazer um video com o tema: "Como ser um bom professor de biologia?" como já foi dito, não existe uma lista de passos a serem seguidos, apesar de todas aquelas disciplinas de licenciatura na faculdade (elas ajudam), ser um bom professor está relacionado a amar o que se faz. 

Nesse vídeo colocamos o tipo de professoras que nós queremos ser, compartilhamos as qualidades que admiramos em alguns dos nossos professores.

terça-feira, 29 de novembro de 2011

Enem - Como seriam as questões se os alunos do curso de Ciência Biológicas - UFMA as elaborassem? III


Por: Louiziane Nascimento
Competência de área 4 – Compreender interações entre organismos e ambiente, em particular aquelas relacionadas à saúde humana, relacionando conhecimentos  científicos, aspectos culturais e características individuais.
Habilidade 14 – Identificar padrões em fenômenos e processos vitais dos organismos, como manutenção do equilíbrio interno, defesa, relações com o ambiente, sexualidade, entre outros.

O Mar Morto, que na verdade é um grande lago localizado no Oriente Médio e alimentado pelo rio Jordão, possui a água mais salgada do mundo, com concentração dez vezes maior do que os demais. Seu nome se deve a escassez de organismos, que ali chegam através do rio Jordão, capazes de sobreviver em condições tão extremas. Apesar do nome mórbido e pouco acolhedor, turistas de todo o mundo são atraídos pelas suas peculiaridades, uma delas é que nesse grande lago, os corpos flutuam sem nenhum tipo de esforço.
A partir do texto acima, pode-se inferir que:
I.                   As pessoas que entram no mar morto flutuam sem nenhum tipo de esforço por que a densidade de seus corpos é menor do que a densidade do meio.
II.                Levando-se em consideração o processo osmótico, o mar morto pode ser considerado como um meio hipertônico e qualquer organismo nele inserido, como um meio hipotônico.
III.             A alta concentração do mar morto explica a alta capacidade de flutuação dos corpos, mas não sua esterilidade.
IV.             Os organismos que chegam ao Mar Morto, através do Rio Jordão, perdem água por osmose e acabam morrendo desidratados.
V.                Levando-se em consideração o processo osmótico, o mar morto pode ser considerado como um meio hipotônico e qualquer organismo nele inserido, como um meio hipertônico.

Estão corretas as inferências:
a)      I; III; V
b)      I; II; III
c)      II; IV; V
d)     I; II; III; IV
e)      I; III; IV; V


f)       GABARITO: d) I; II; III; IV
Justificativa do gabarito:
A osmose é um processo em que, através de uma membrana semipermeável, o solvente tende a passar do meio menos concentrado (hipotônico) para o meio mais concentrado (hipertônico), assim o Mar Morto equivale ao meio hipertônico (alta concentração de sal) em relação a um organismo nele inserido, que por sua vez funciona como meio hipotônico.
 Muitos organismos apresentam adaptações para sobreviver em ambiente com concentração diferente a do seu corpo. Como o Rio Jordão possui água doce, os organismos que chegam à água salgada do Mar Morto por meio deste rio, morrem (perdem, excessivamente, água por osmose) por não possuírem adaptações para esse tipo de ambiente.
A esterilidade do Mar Morto está intimamente ligada à grande facilidade de flutuar nesse ambiente, visto que a alta salinidade explica esses dois fenômenos.




segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Enem - Como seriam as questões se os alunos do curso de Ciência Biológicas - UFMA as elaborassem? II

Por: Flávia Serra


Competência de área 4 – Compreender interações entre organismos e ambiente, em particular aquelas relacionadas à saúde humana, relacionando conhecimentos científicos, aspectos culturais e características individuais.

Habilidade 11. Diante da diversidade da vida, analisar, do ponto de vista biológico, físico ou químico, padrões comuns nas estruturas e nos processos que garantem a continuidade e a evolução dos seres vivos.

Ao longo da sua viagem no Beagle, e em especial nas suas observações nas Ilhas Galápagos, Darwin ficou surpreendido com algumas espécies de tentilhões e tartarugas. As 14 espécies de tentilhões, apesar de muito semelhantes, podem distinguir-se pelo seu tamanho, cor e forma do bico, sendo que o último estará associado ao tipo de alimentação. Mas, apesar da assinalável diversidade entre os tentilhões, são bastante parecidos entre si para pressupor que terão uma origem em comum. Esta conclusão foi, também, atribuída às espécies de tartarugas.
O texto acima fala da observação feita por Charles Darwin em relação aos bicos dos tentilhões de Galápagos ilustrada na figura. Sabendo-se que o formato dos bicos dos tentilhões estão associados ao seu tipo de alimentação, é correto afirmar que tentilhões granívoros terão bicos mais parecidos com os de outros pássaros granívoros, tentilhões insetívoros mostrarão bicos similares a outras aves insetívoras e assim por diante. Partindo dessa observação, o formato de algumas estruturas presentes nos seres vivos pode se repetir, sem necessariamente possuírem ancestralidade comum recente. Assim, pode-se dizer que, embora, o bico do tentilhão N mostrado na figura, seja mais parecido com o de um tico-tico se comparado ao do tentilhão K, por exemplo, ambos os tentilhões serão evolutivamente mais aparentados entre si do que com os demais pássaros.
A relação entre os bicos dos tentilhões é um exemplo de:
A
A) Analogia
B) Coevolução
C) Recombinação Gênica
D) Homologia
E) Lei do uso e do desuso

Resposta comentada: (Letra D) Apesar de apresentarem formatos diferentes, os bicos dos tentilhões são homólogos, pois provêm de um mesmo ancestral comum a todos os tentilhões. O mesmo caso acontece na relação entre o braço humano, as asas dos morcegos e nadadeira dos cetáceos, pois embora desempenhem funções diferentes são provenientes de um mesmo ancestral comum aos mamíferos.

Enem - Como seriam as questões se os alunos do curso de Ciência Biológicas - UFMA as elaborassem? I

Por: Albeane Silva

Competência de área 3 – Associar intervenções que resultam em degradação ou conservação ambiental a processos produtivos e sociais e a instrumentos ou ações científico-tecnológicos.
H12 – Avaliar impactos em ambientes naturais decorrentes de atividades sociais ou econômicas, considerando interesses contraditórios.
(ENEM- 2012) Os manguezais são ecossistemas mediterrâneos com vegetação característica, onde o solo é lodoso e salgado. No Brasil os manguezais se estendem por toda a costa, com interrupção nas regiões de litoral rochoso. Os manguezais são considerados berços de várias espécies, pois possui alta disponibilidade de nutrientes minerais e matéria orgânica, dentre elas peixes, caranguejos e moluscos. Consequentemente são encontrados diversas aves que estão em busca desses organismos que se alimentam nesses locais.
 De acordo com o texto descrito acima:
a)      Os manguezais são ecossistemas sem importância, pois possui muita lama.
b)      Os mangues são biomas brasileiros, e ocorrem principalmente em litoral rochoso.
c)      Os manguezais possuem uma grande importância ecológica por serem berços de muitas espécies.
d)     Os manguezais são locais rochosos, que possui muita disponibilidade de alimento.
e)      Os manguezais possuem vegetação típica.



Resposta e justificativa:
A resposta seria a questão C, pois é a que se explica exatamente de acordo com o texto. Apesar de a questão B e E não estarem totalmente erradas elas não se enquadram no texto descrito anteriormente.

Comparando Índices

O IDEB - Índice de Desenvolvimento da Educação Básica  é uma ferramenta usada para medir a qualidade de cada escola e de cada rede de ensino. Essa avaliação é feita a patir das notas do Saeb e da Prova Brasil, juntamente com os indices de reprovação escolar. Escolas com IDEB superior a 6,0 são consideradas boas e com notas inferiores a 6,0 são tidas como não possuidoras de um ensino de qualidade.
Eis abaixo algumas comparações entre escolas maranhenses e de outras regiões do Brasil


Escola Maranhense: Unidade Escolar Aniceto Cantanhêde
IDEB da escola: 3.8
IDEB do municipio: 3.5
Escola Paulista: Escola Professora Elisabeth Maria Cavaretto de Almeida
IDEB da escola6.1
IDEB do municipio: 6.0
Ambas escolas estão inseridas em municípios que possuem economia modesta, pequena área geográfica e uma população que não ultrapassa 29.000 habitantes. Mostrando que determinada nota no exame pode não revelar muito sobre os aspectos políticos ou demográficos do município onde a escola está inserida, mas pode fornecer pistas sobre a estrutura e organização da escola em si.




Escola Maranhense: Unidade Integrada Raimundo Correa
IDEB da escola: 4.3
IDEB do municipio: 4.1
Escola Carioca: EEES Rio de Janeiro
IDEB da escola0.7
IDEB do municipio: 3.6
No caso destas escolas, as duas se encontram na capital de seus respectivos estados e são escolas da rede estadual de ensino, a principal diferença entre elas, além da nota é a localização, enquanto a escola maranhense encontra-se no centro de São Luis e é tida como uma escola de tradição, haja vista os seus mais de 100 anos de história, a escola carioca se localiza na periferia, próximo à Favela do Pica Pau Amarelo, embora a localização não seja determinante na qualidade das escolas, esse é um padrão que se repete em todo o Brasil.


Escola Maranhense: CE São José Operário
IDEB da escola4.7
IDEB do municipio: 4.1
Escola Catarinense: Escola Agrícola Municipal Carlos Heins Funke (http://carloshfunke.blogspot.com/)
IDEB da escola6.1
IDEB do municipio: 5.2
Nesse caso, observam-se uma escola localizada na periferia da capital do Maranhão e a outra na área rural do município de Joinville SC. A primeira, uma instituição religiosa que conquistou o apreço da comunidade do bairro onde está inserida (e cujos nomes estão relacionados) pelos cursos técnicos oferecidos, enquanto a segunda oferece um ensino contextualizado levando-se em consideração a vida no campo.

Deixamos aos leitores do Biologadas livres para julgar a qualidade de cada escola em cada contexto, mas ressaltamos que não só de números se faz a escola, que a nível nacional os indices das series iniciais são maiores que os das séries finais justamente pelo maior envolvimento da comunidade local com as questões escolares e que não basta simplesmente procurar a escola com maior IDEB para matricular suas crianças, cada um deve buscar formas de ajudar a melhorar as escolas que não se saíram tão bem, visitar regularmente a escola do seu filho, sobrinho ou primo pode ser uma grande contribuição para a melhora dos índices nessa escola, no seu município e assim por diante.

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

A CRIAÇÃO DE UM MODELO DIDATICO

Todo professor busca formas que possibilitem aos seus alunos visualizar o conteúdo ensinado. Desta forma surgem os modelos, formas geralmente simplistas e esquemáticas de tudo aquilo que foi ministrado.
Tendo em vista uma turma padrão, esses recursos já são de extrema ajuda durante o processo ensino-aprendizagem. Quando surge a problemática de alunos com necessidades especiais, esses modelos se tornam ainda mais úteis para auxiliar o professor em sua tarefa de transmitir o conhecimento proposto. Nessa atividade, foi proposta a criação de um modelo ou jogo que incluisse alunos portadores de deficiencia visual, lembrando porém que nós futuros professores poderemos encontrar outros tipos de deficiencias durante nossa vivencia academica. Nesse caso, abordaremos apenas o desafio proposto. Partimos então para a criação de um bacteriófago infectando sua célula hospedeira.
A proposta desse modelo foi usar diferentes texturas para cada estrutura a ser esquematizada, os ribossomos celulraes e cada fita complementar do DNA viral, bacteriano, inclusive o plasmídeo foram construídos em materias distintos, com texturas contrastantes entre si. Por se tratar de um modelo para a turma toda, também teve-se o cuidado no uso das cores.
Esse modelo foi concebido para ser usado durante a aula expositiva, possibilitando uma aprendizagem significativa aos alunos.

segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Ensino por Investigação

Por ser um processo dinâmico, a educação vem evoluindo ao longo dos séculos, mesmo que alguns digam o contrário. Uma das mudanças mais significativas é a transição da figura do professor transmissor de conhecimentos para o facilitador do processo de aprendizagem. E o ensino de ciências, consequentemente de biologia, têm acompanhado esse processo.
Uma maneira de visualizar essa nova postura se dá no processo de ensino por investigação. Elaboramos um vídeo com um roteiro de uma aula prática que deverá ser ministrada antes da aula teórica de forma tal, que possibilite aos alunos refletir a respeito do fenômeno abordado na aula (nesse caso, tratamos o conteúdo Osmose), formular hipóteses e testá-las, afim de construir seu conhecimento através da investigação do processo demonstrado.

domingo, 9 de outubro de 2011

ANÁLISE DE PLANTAS DE LABORATÓRIO DE BIOLOGIA


Contextualização, visualização, aprendizagem significativa cada vez mais, esse tem sido o caminho buscado pelos educadores de todas as áreas. A biologia permite uma visualização extremamente rica e ampla de seus conceitos de forma simples e na maioria das vezes barata.
Mesmo assim, o local destinado ás aulas praticas de biologia ou qualquer outra disciplina, quando bem estruturado potencializará os bons resultados. Recebemos duas plantas de laboratórios de biologia e deveríamos escolher qual o melhor para trabalhar e também apontar o que mudaríamos em ambos. Decidimos então destacar os pontos positivos e negativos de ambas as plantas e por fim escolhemos o laboratório 1 por melhor atender as necessidades de uma turma de ensino médio com aproximadamente 40 alunos:
Laboratório 1

 Pontos positivos:
* maior área entre as duas plantas
* melhor distribuição das mesas
* presença de um quadro-negro para que o professor possa transmitir informações a todos os alunos de uma só vez, em vez de percorrer uma mesa por vez
* grande numero de pias (o recomendado é 4 conjuntos para um grupo de 30 alunos)
* presença de uma capela para o manuseio de substancias químicas se for o caso
* presença de um extintor de incêndio
* porta bem localizada aproveitando o espaço da sala
Pontos negativos:
* área inferior a 90m²
* muitas cadeiras por mesa, facilitando a dispersão reduzindo a participação de todos na mesma mesa
* presença de apenas um tanque, quando deveria haver dois.
* extintor de incêndio escondido, difícil de visualizar
* ausência de prateleiras para armazenamento de material ou experimentos
* ausência de bicos de Bunsen nas bancadas
* ausência de uma geladeira para armazenar material perecível

Laboratorio 2
Pontos positivos
* Presença de dois tanques de lavagem
* bancadas de formica (material resistente)
* possui janelas que permitem a entrada de luz e ventilação
* possui prateleiras para armazenamento de material ou experimentos
Pontos negativos
*menor área entre as plantas analisadas
* ausência de um quadro negro
* ausência de uma geladeira
* ausência de mesas móveis ou bancadas bem distribuídas
* ausência de bicos de Bunsen nas bancadas
* ausência de um extintor de incêndio
*só há uma pia para uso dos alunos
* há um degrau no meio do laboratório, dificultando a acessibilidade
* os armários de vidro não deveriam estar localizados atrás da porta, se a porta bater, pode ser quebrado

domingo, 2 de outubro de 2011

O manual de instruções

Por: Albeane Guimarães e Louiziane Ribeiro

O livro didático é a principal ferramenta usada, por professores e alunos, na busca pelo conhecimento, dessa forma é de extrema importância que esse instrumento seja completo nos seus mais variados aspectos.
O PNLD, Programa Nacional do Livro Didático, é uma iniciativa do governo federal que tem por objetivo avaliar os livros didáticos antes que estes sejam disponibilizados às instituições de ensino (de nível fundamental ou médio), garantindo assim, que o corpo docente possa escolher, democraticamente, entre as obras ou coleções, aprovadas pelo guia, que melhor se encaixem nos seus planos pedagógicos.
As etapas que compõem o processo avaliativo envolvem cinco abordagens: Legislação e Cidadania; Abordagem Teórico-Metodológica e Proposta Didático-pedagógica; Projeto Gráfico-Editorial; Conceitos, Linguagens e Procedimentos; Manual Do Professor.
A disciplina Laboratório de Ensino em Biologia, objetivando que seus alunos vivenciassem cada etapa desse importante programa de assistência a qualidade de livros didáticos, propôs que estes avaliassem um livro didático de ensino médio, escolhido por eles, segundo os critérios avaliativos do guia do PNLD 2012. A atividade foi realizada em duplas e aqui estamos para contar como foi a experiência.
O livro Biologia Integrada do autor Luiz Eduardo Cheida, volume 1, 2002, foi o escolhido para a prática dessa atividade. Essa obra foi utilizada por nós (componentes da dupla) durante o ensino médio, aumentando a nossa curiosidade quanto a qualidade do livro que nos ajudou a ingressar na universidade. Percebemos que o autor fez um bom trabalho, mas cometeu alguns poucos deslizes.
Resumidamente, o principal ponto positivo do livro é a maneira como o autor consegue, de forma dinâmica (textual e visual), assegurar a assimilação do conteúdo, levando o leitor a associar conhecimentos biológicos com o de outras áreas e ainda instigar o pensamento crítico. Os pontos negativos restringem-se a omissão do autor com relação a alguns temas específicos que poderiam ter sido facilmente abordados e a falta de ilustrações devidamente caracterizadas (escalas, cores-fantasia, proporcionalidade...).
Enfim, foi uma atividade trabalhosa, mas que nos mostrou a importância de ler o “manual de instruções” da ferramenta de trabalho antes de usá-la em “campo”. 

A Elaboração de um Parecer Referente a um Livro Didático de E.M

Avaliar um livro didático para ensino médio: uma tarefa não tão bem recebida à primeira vista, e talvez nem a segunda ou terceira, deparar-se com tantos critérios, tantas perguntas que pareciam ser a mesma coisa, no mínimo cansativo avaliar criteriosamente cada detalhe.
Porém basta jogar o assunto no Google e encontra-se o porquê de um trabalho tão técnico: Livros com verdadeiros absurdos em suas páginas, racismo, livros de língua portuguesa que trazem o emprego do plural diferente da norma culta vigente, tirinhas com palavrões, erros de datas históricas, ou cálculos simples com resultados errôneos, a revista Ciência Hoje (Abril, 2000) traz uma lista de erros conceituais estampados em livros didáticos usados em Minas Gerais e São Paulo, enfim esses são apenas os primeiros links que aparecem em uma rápida consulta.
Esses aspectos levam a uma nova visão sobre a real necessidade da avaliação criteriosa do material didático que circula em nossas escolas, como professores somos responsáveis pela formação cultural, social e moral dos nossos alunos e se não temos cuidado ao escolher nossas ferramentas de trabalho demonstramos que não nos importamos com essa função.

A dois passos

Chega a ser paradoxal o fato de que os desequilíbrios do nosso planeta estejam popularizando cada vez mais a biologia. Principalmente com a ajuda da mídia, essa área da ciência vem sendo bastante requisitada, tanto para entender quanto para tentar reverter as conseqüências dos danos antrópicos ao meio ambiente. Hoje a biologia relaciona-se, de maneira indispensável, com outras áreas da ciência, o que não é um fato surpreendente, já que esta tem como objeto de estudo, a vida.
Mas nem sempre foi assim. Até o início século XIX a biologia ficava à sombra de outras ciências, como a física, reinante na época. Por ser extremamente descritiva e fragmentada, além de destituída de método científico, a comunidade cientifica nem mesmo a considerava uma ciência. Era necessário, então, que suas várias e isoladas vertentes se comunicassem entre si e com as demais ciências.
Embalado pelas influencias sociais, filosóficas e cientificas da época, surge o positivismo lógico, dando a oportunidade perfeita para que a biologia pudesse finalmente se integrar às demais. Essa orientação teórica formulada na década de 1920, pelos pensadores do Círculo de Viena, teve como objetivo a unificação da ciência, por meio da incorporação da Lógica e da Matemática, além de outros critérios, à definição desta.
O primeiro passo foi dado, mas para que a biologia se consolidasse como ciência, além da integração com outras áreas, ela deveria desenvolver, principalmente, a integração de suas “partes” constituintes. “Nada na biologia faz sentido se não for à luz da Evolução”, essa frase de Dobzhansky demonstra o segundo passo para o reconhecimento definitivo da “nova biologia”.

domingo, 4 de setembro de 2011

A Seleção Digital


Fonte: Texto: TICs e EDUCAÇÃO, Pedro Demo (2008)

O mundo sempre foi movido por novidades, a que nos engrena atualmente atende pelo nome de internet.  A cada dia, mais e mais pessoas se rendem a essa tecnologia sob o risco de serem eliminados pela seleção digital. Mas infelizmente essa novidade tecnológica ainda caminha por vias informais e autônomas, ou seja, fora das escolas, levando muitos a buscarem a informatização sem o devido acompanhamento.
Ao contrário do que acontece, as TICs (Tecnologias da Informação e Comunicação) deveriam travar uma relação mutualística com as instituições de ensino, funcionando como um meio educativo complementar e não alternativo. Já que esse universo virtual não mostra sinais de recuo, não só devemos nos adaptar a ele como também usá-lo como ferramenta para os veículos tradicionais de conhecimento.  
Muitos dos que só conseguem enxergar o lado negativo da internet e por isso resistem a sua entrada nas escolas, ignoram o fato de que o mundo real apresenta tantos perigos quanto o mundo virtual e nem por isso deixamos de viver nele. Assim, o papel do corpo de educadores é estimular a cidadania, não importa em qual desses universos paralelos estejamos vivendo.
O problema, pode ainda não ser enxergar o lado negativo e sim, involuntariamente, não enxergar qualquer função que seja. Isso explicaria o fato de em muitas escolas, os laboratórios de informática ficarem abandonados ou a informatização ficar restrita a apenas ambientes de ordem administrativa.
Um dos principais motivos para a rejeição das TICs por certos professores instrucionistas é o medo da substituição pelo novo, sendo esse infundado, pois a melhor tecnologia ainda é, e sempre será o professor, desde que tenha um posicionamento que permita seus alunos desenvolverem seus próprios pensamentos, levando em consideração que a mente humana não é um mecanismo de copia de conhecimentos, mas um processo de desconstrução e reconstrução ilimitada. Nesse contexto o blogs e wikis tem grande desempenho no desenvolvimento da autoria/autonomia. 
Deve-se ter em mente que, o que transforma a tecnologia em aprendizagem não é a maquina, o programa eletrônico ou o software, mas o professor. Se estudarmos o caso do uso das TICs na Educação a Distancia (EaD) veremos que seus alunos tem tido melhor desempenho que os alunos "presenciais", mostrando que vale mais a motivação e o interesse que a presença física.
Embora muitos dos educadores ainda venham da época em que o uso da internet para a educação era apenas facultativo, o mundo atual já provou que não é mais possível viver sem se render a essas novas tecnologias, e que esse é o rumo que a educação deve seguir em breve.
As TICs muito têm a oferecer. Para as gerações que já nascem na era digital, uma maneira de formalizar o que já é vivenciado. Para os que estão tentando se atualizar, uma maneira de se enturmarem e competirem de maneira justa. Por fim, trata-se apenas de uma releitura de nossas aulas de Evolução Orgânica, onde apenas os mais adaptados irão ter sucesso na corrida da seleção digital.