segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Ensino por Investigação

Por ser um processo dinâmico, a educação vem evoluindo ao longo dos séculos, mesmo que alguns digam o contrário. Uma das mudanças mais significativas é a transição da figura do professor transmissor de conhecimentos para o facilitador do processo de aprendizagem. E o ensino de ciências, consequentemente de biologia, têm acompanhado esse processo.
Uma maneira de visualizar essa nova postura se dá no processo de ensino por investigação. Elaboramos um vídeo com um roteiro de uma aula prática que deverá ser ministrada antes da aula teórica de forma tal, que possibilite aos alunos refletir a respeito do fenômeno abordado na aula (nesse caso, tratamos o conteúdo Osmose), formular hipóteses e testá-las, afim de construir seu conhecimento através da investigação do processo demonstrado.

domingo, 9 de outubro de 2011

ANÁLISE DE PLANTAS DE LABORATÓRIO DE BIOLOGIA


Contextualização, visualização, aprendizagem significativa cada vez mais, esse tem sido o caminho buscado pelos educadores de todas as áreas. A biologia permite uma visualização extremamente rica e ampla de seus conceitos de forma simples e na maioria das vezes barata.
Mesmo assim, o local destinado ás aulas praticas de biologia ou qualquer outra disciplina, quando bem estruturado potencializará os bons resultados. Recebemos duas plantas de laboratórios de biologia e deveríamos escolher qual o melhor para trabalhar e também apontar o que mudaríamos em ambos. Decidimos então destacar os pontos positivos e negativos de ambas as plantas e por fim escolhemos o laboratório 1 por melhor atender as necessidades de uma turma de ensino médio com aproximadamente 40 alunos:
Laboratório 1

 Pontos positivos:
* maior área entre as duas plantas
* melhor distribuição das mesas
* presença de um quadro-negro para que o professor possa transmitir informações a todos os alunos de uma só vez, em vez de percorrer uma mesa por vez
* grande numero de pias (o recomendado é 4 conjuntos para um grupo de 30 alunos)
* presença de uma capela para o manuseio de substancias químicas se for o caso
* presença de um extintor de incêndio
* porta bem localizada aproveitando o espaço da sala
Pontos negativos:
* área inferior a 90m²
* muitas cadeiras por mesa, facilitando a dispersão reduzindo a participação de todos na mesma mesa
* presença de apenas um tanque, quando deveria haver dois.
* extintor de incêndio escondido, difícil de visualizar
* ausência de prateleiras para armazenamento de material ou experimentos
* ausência de bicos de Bunsen nas bancadas
* ausência de uma geladeira para armazenar material perecível

Laboratorio 2
Pontos positivos
* Presença de dois tanques de lavagem
* bancadas de formica (material resistente)
* possui janelas que permitem a entrada de luz e ventilação
* possui prateleiras para armazenamento de material ou experimentos
Pontos negativos
*menor área entre as plantas analisadas
* ausência de um quadro negro
* ausência de uma geladeira
* ausência de mesas móveis ou bancadas bem distribuídas
* ausência de bicos de Bunsen nas bancadas
* ausência de um extintor de incêndio
*só há uma pia para uso dos alunos
* há um degrau no meio do laboratório, dificultando a acessibilidade
* os armários de vidro não deveriam estar localizados atrás da porta, se a porta bater, pode ser quebrado

domingo, 2 de outubro de 2011

O manual de instruções

Por: Albeane Guimarães e Louiziane Ribeiro

O livro didático é a principal ferramenta usada, por professores e alunos, na busca pelo conhecimento, dessa forma é de extrema importância que esse instrumento seja completo nos seus mais variados aspectos.
O PNLD, Programa Nacional do Livro Didático, é uma iniciativa do governo federal que tem por objetivo avaliar os livros didáticos antes que estes sejam disponibilizados às instituições de ensino (de nível fundamental ou médio), garantindo assim, que o corpo docente possa escolher, democraticamente, entre as obras ou coleções, aprovadas pelo guia, que melhor se encaixem nos seus planos pedagógicos.
As etapas que compõem o processo avaliativo envolvem cinco abordagens: Legislação e Cidadania; Abordagem Teórico-Metodológica e Proposta Didático-pedagógica; Projeto Gráfico-Editorial; Conceitos, Linguagens e Procedimentos; Manual Do Professor.
A disciplina Laboratório de Ensino em Biologia, objetivando que seus alunos vivenciassem cada etapa desse importante programa de assistência a qualidade de livros didáticos, propôs que estes avaliassem um livro didático de ensino médio, escolhido por eles, segundo os critérios avaliativos do guia do PNLD 2012. A atividade foi realizada em duplas e aqui estamos para contar como foi a experiência.
O livro Biologia Integrada do autor Luiz Eduardo Cheida, volume 1, 2002, foi o escolhido para a prática dessa atividade. Essa obra foi utilizada por nós (componentes da dupla) durante o ensino médio, aumentando a nossa curiosidade quanto a qualidade do livro que nos ajudou a ingressar na universidade. Percebemos que o autor fez um bom trabalho, mas cometeu alguns poucos deslizes.
Resumidamente, o principal ponto positivo do livro é a maneira como o autor consegue, de forma dinâmica (textual e visual), assegurar a assimilação do conteúdo, levando o leitor a associar conhecimentos biológicos com o de outras áreas e ainda instigar o pensamento crítico. Os pontos negativos restringem-se a omissão do autor com relação a alguns temas específicos que poderiam ter sido facilmente abordados e a falta de ilustrações devidamente caracterizadas (escalas, cores-fantasia, proporcionalidade...).
Enfim, foi uma atividade trabalhosa, mas que nos mostrou a importância de ler o “manual de instruções” da ferramenta de trabalho antes de usá-la em “campo”. 

A Elaboração de um Parecer Referente a um Livro Didático de E.M

Avaliar um livro didático para ensino médio: uma tarefa não tão bem recebida à primeira vista, e talvez nem a segunda ou terceira, deparar-se com tantos critérios, tantas perguntas que pareciam ser a mesma coisa, no mínimo cansativo avaliar criteriosamente cada detalhe.
Porém basta jogar o assunto no Google e encontra-se o porquê de um trabalho tão técnico: Livros com verdadeiros absurdos em suas páginas, racismo, livros de língua portuguesa que trazem o emprego do plural diferente da norma culta vigente, tirinhas com palavrões, erros de datas históricas, ou cálculos simples com resultados errôneos, a revista Ciência Hoje (Abril, 2000) traz uma lista de erros conceituais estampados em livros didáticos usados em Minas Gerais e São Paulo, enfim esses são apenas os primeiros links que aparecem em uma rápida consulta.
Esses aspectos levam a uma nova visão sobre a real necessidade da avaliação criteriosa do material didático que circula em nossas escolas, como professores somos responsáveis pela formação cultural, social e moral dos nossos alunos e se não temos cuidado ao escolher nossas ferramentas de trabalho demonstramos que não nos importamos com essa função.

A dois passos

Chega a ser paradoxal o fato de que os desequilíbrios do nosso planeta estejam popularizando cada vez mais a biologia. Principalmente com a ajuda da mídia, essa área da ciência vem sendo bastante requisitada, tanto para entender quanto para tentar reverter as conseqüências dos danos antrópicos ao meio ambiente. Hoje a biologia relaciona-se, de maneira indispensável, com outras áreas da ciência, o que não é um fato surpreendente, já que esta tem como objeto de estudo, a vida.
Mas nem sempre foi assim. Até o início século XIX a biologia ficava à sombra de outras ciências, como a física, reinante na época. Por ser extremamente descritiva e fragmentada, além de destituída de método científico, a comunidade cientifica nem mesmo a considerava uma ciência. Era necessário, então, que suas várias e isoladas vertentes se comunicassem entre si e com as demais ciências.
Embalado pelas influencias sociais, filosóficas e cientificas da época, surge o positivismo lógico, dando a oportunidade perfeita para que a biologia pudesse finalmente se integrar às demais. Essa orientação teórica formulada na década de 1920, pelos pensadores do Círculo de Viena, teve como objetivo a unificação da ciência, por meio da incorporação da Lógica e da Matemática, além de outros critérios, à definição desta.
O primeiro passo foi dado, mas para que a biologia se consolidasse como ciência, além da integração com outras áreas, ela deveria desenvolver, principalmente, a integração de suas “partes” constituintes. “Nada na biologia faz sentido se não for à luz da Evolução”, essa frase de Dobzhansky demonstra o segundo passo para o reconhecimento definitivo da “nova biologia”.