domingo, 2 de outubro de 2011

A dois passos

Chega a ser paradoxal o fato de que os desequilíbrios do nosso planeta estejam popularizando cada vez mais a biologia. Principalmente com a ajuda da mídia, essa área da ciência vem sendo bastante requisitada, tanto para entender quanto para tentar reverter as conseqüências dos danos antrópicos ao meio ambiente. Hoje a biologia relaciona-se, de maneira indispensável, com outras áreas da ciência, o que não é um fato surpreendente, já que esta tem como objeto de estudo, a vida.
Mas nem sempre foi assim. Até o início século XIX a biologia ficava à sombra de outras ciências, como a física, reinante na época. Por ser extremamente descritiva e fragmentada, além de destituída de método científico, a comunidade cientifica nem mesmo a considerava uma ciência. Era necessário, então, que suas várias e isoladas vertentes se comunicassem entre si e com as demais ciências.
Embalado pelas influencias sociais, filosóficas e cientificas da época, surge o positivismo lógico, dando a oportunidade perfeita para que a biologia pudesse finalmente se integrar às demais. Essa orientação teórica formulada na década de 1920, pelos pensadores do Círculo de Viena, teve como objetivo a unificação da ciência, por meio da incorporação da Lógica e da Matemática, além de outros critérios, à definição desta.
O primeiro passo foi dado, mas para que a biologia se consolidasse como ciência, além da integração com outras áreas, ela deveria desenvolver, principalmente, a integração de suas “partes” constituintes. “Nada na biologia faz sentido se não for à luz da Evolução”, essa frase de Dobzhansky demonstra o segundo passo para o reconhecimento definitivo da “nova biologia”.

Nenhum comentário:

Postar um comentário